A Vibra acaba de anunciar a criação de um fundo de venture capital com aporte inicial de R$ 90 milhões. Os valores dos investimentos ainda não foram definidos, mas a empresa pretende selecionar entre oito e doze startups brasileiras que desenvolvem soluções nas áreas de mobilidade, pagamentos e transição energética.
As startups devem estar em fase seed (ou seja, em estágio inicial e de desenvolvimento) e em Série A (com um modelo de negócio mais desenvolvido e tendo clientes e receita). A Vibra também busca participar em cotas de outros fundos setoriais, para ganhar acesso a empresas localizadas nos EUA (sobretudo no Vale do Silício) e em Israel.
Como o fundo vai funcionar
Embora os valores dos investimentos não tenham sido definidos, negócios em estágios iniciais podem receber até R$ 1 milhão – valor que pode crescer para startups mais avançadas em seu desenvolvimento e que já estão inseridas e validadas pelo mercado. Em entrevista ao Broadcast, do jornal O Estado de S. Paulo, o vice-presidente de tecnologia da Vibra, Aspen Andersen, afirmou que a empresa deve optar por participações máximas entre 20% e 30% para manter o engajamento dos empreendedores.
Embora não tenho anunciado a seleção de nenhuma startup, a Vibra possui mais de cem cadastradas em projetos de parceria com redes de fomento à inovação. Além de ter colaborações de outras 40. A empresa afirmou que o investimento feito em startups com o fundo pode ser convertido em participação societária. A previsão é que a Vibra invista nas startups durante dez anos. Nos cinco primeiros, a empresa realizará investimentos e acompanhamento e, nos cinco últimos, desinvestir ou incorporar a startup definitivamente ao ecossistema da companhia.