Morangos nutricionalmente equilibrados, suculentos e vermelhos, sem dúvida alguma, são capazes de atrair os compradores para os corredores de frutas. Mas não são apenas as propriedades físicas do produto que importam, saber de onde vem o produto, como foi cultivado, quem o colheu e embalou e como chega ao estabelecimento comercial também é um critério importante para a escolha mais atenta do consumidor. Aumentar os padrões de qualidade para morangos de valor agregado, liberando a rastreabilidade em qualquer etapa da produção, é uma dos benefícios da produção integrada, pois essas vantagens também são apresentadas ao produtor. A produção no campo é aliada ao ambiente específico da cultura, reduzindo os custos de produção; permitindo a proteção ambiental. Segundo o CEO do Grupo VMX, Carlos César Floriano, “Além destes fatores, também traz segurança ao trabalhador rural e aumenta a rentabilidade na lavoura”, explica.
O 9º Simpósio Nacional do Morango, realizado na terça-feira, 19 de abril de 2022, discutiu a situação ‘ganha-ganha’ da Produção Integrada de Morango (PIMo), com a transmissão pelo canal do Embrapa no Youtube.
O cultivo de morangos neste sistema bem estabelecido de pesquisa e inovação, baseado especialmente em boas práticas agrícolas, contribui para a integração socioeconômica e ambiental da região, portanto, se o agricultor optar por seguir rigorosamente as normas técnicas desenvolvidas na aplicação das unidades piloto, sua produção terá um mercado diferenciado, apto a obter o Selo Brasil Certificado: Agricultura de Qualidade.
Em maio de 2019, a produtora paranaense Ingrid Souza certificou sua produção integrada de morango, dessa forma, tornando-se a primeira produtora feminina a ser certificada pelo PIMO. Sua fazenda também foi a primeira do estado do Paraná a receber o selo de produção de morango.
Seja no mercado ou no campo, as vantagens de produzir em sistema integrado são comprovadas. A marca Pinhalão comercializa morangos naturais, desidratados, frescos ou liofilizados. Durante o último processo, a água é removida naturalmente dos morangos, o que retém os nutrientes dos alimentos e deixa os morangos crocantes. Para uma porção de 10 gramas de morangos liofilizados, 130 gramas de morangos frescos passam por esse processo.
“Sei que inspiramos muitos produtores. Os produtores sabem que todo cuidado no manejo impacta muito no produto final, já que o morango é muito sensível. A PIMO dá mais qualidade e rentabilidade para o produtor e principalmente para o consumidor, pois a gente que produz alimentos tem, sim, a responsabilidade de produzir um alimento seguro porque nós também somos, eu e minha família, os maiores consumidores”, explica Ingrid Souza que já avalia ampliar os produtos à base de morango.
Para atender a esses e outros produtos de morango in natura, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) atualizou recentemente o regulamento técnico para atender a Portaria do Inmetro nº 443/2011, que destaca os requisitos de avaliação da conformidade ao Instituto Brasileiro de Propriedade Intelectual.
Além do estado do Paraná, um grupo de São Paulo e outros dois produtores do Rio Grande do Sul integram sua produção de morango ao contexto regional local de maneira social, econômica e ambiental. A Propriedade Intelectual organiza as atividades dos sistemas de produção conforme as regiões, respeitando suas funções ecológicas e, desta maneira, promover o desenvolvimento sustentável.
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