Resultado veio após duas quedas consecutivas, nos dois primeiros meses de 2023
A indústria brasileira apresentou crescimento em março depois de duas retrações consecutivas. É o que revelam dados contidos na PIM-PF (Pesquisa Industrial Mensal-Produção Física), divulgada na última quarta-feira (10) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O aumento foi de 1,1% em março na comparação com fevereiro, mês imediatamente anterior. A recuperação veio depois de duas quedas seguidas, nos dois primeiros meses de 2023. Antes desse período, o segmento havia apresentado estabilidade em dezembro do ano passado.
O ramo da indústria também mostrou crescimento se comparado ao mês de março de 2022, com 0,9%. Entretanto, a diminuição acumulada na produção atinge a marca de 0,4%. Já o acumulado de 12 meses apresenta estabilidade.
O segmento teve expansão em 16 dos 25 setores pesquisados se comparado com o último mês de fevereiro. Os destaques foram equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos, com 6,7%; máquinas e equipamentos, com 5,1%; e atividades de coque – processo de decomposição térmica do carvão mineral -, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, grupo que apresentou 1,7%.
Produtos farmacêuticos e farmoquímicos também influenciaram na expansão, com 3,2%, além de equipamentos de transporte, com 4,8%; couro, artigos para viagem e calçados, com 2,8%; produtos de minerais não metálicos, com 1,2%; e produtos químicos, com 0,6%. Outros seis setores tiveram queda e um mostrou estabilidade.
Três das quatro grandes categorias econômicas da indústria nacional mostraram aumento de fevereiro para março. São elas bens de capital, que são as máquinas e equipamentos usados no setor produtivo, com 6,3%; bens de consumo duráveis, com 2,5%; e bens intermediários, que são as mercadorias industrializadas utilizadas no setor produtivo, com 0,9%.
MARÇO DE 2022
A pesquisa também mostra que a produção industrial avançou em relação a março de 2022. O crescimento atingiu a marca de 0,9% com resultados positivos em duas das quatro grandes categorias econômicas, 11 dos 25 ramos, 39 dos 80 grupos e 44,6% dos 789 produtos pesquisados, mesmo março de 2023 tendo um dia útil a mais do que igual mês de 2022.
Por outro lado, ainda em relação a março do ano passado, entre as 14 atividades com resultados negativos estão produtos químicos, com 9,5%, e metalurgia, com 5,4%. Esses dois setores foram os que exerceram as maiores influências na formação da média da indústria.
Minerais não metálicos, com 7,3%; Produtos de madeira, com 15,5%; minerais não metálicos, com 7,3%; confecção de artigos do vestuário e acessórios, também com 7,3%; e máquinas, aparelhos e materiais elétricos, com 3,8%, foram os produtos também com impactos negativos significantes ao segmento da indústria.
